O que Mulher-Maravilha, Moana, Capitã Marvel, Mulan, Katniss e muitas outras protagonistas de clássicos da cultura pop têm em comum? A resposta está na Jornada da Heroína! E como hoje é o Dia Internacional da Mulher, estamos aqui para explicar para você sobre essa jornada, um modelo estrutural de narrativa proposto por Maureen Murdock que diz respeito a nós, mulheres!

 

 

O que é a JORNADA DA HEROÍNA?

Tudo começou com a Jornada do Herói. A estrutura de narrativa descrita por Joseph Campbell foi criada sem levar em conta o gênero do protagonista. Por isso, muitas histórias protagonizadas por mulheres se encaixam com facilidade no modelo de Joseph.

 

Entretanto, ao analisar mais a fundo, Maureen Murdock percebeu como a estrutura de Campbell falhava ao não levar em consideração uma jornada muito mais específica: a busca psicológica e espiritual da mulher contemporânea. É importante dizer que a autora acredita que aspectos culturais e sociais criam diferenças psicológicas entre os gêneros e mudam a maneira como homens e mulheres reagem diante de conflitos.

 

E assim surgiu, em 1990, o livro “A Jornada da Heroína”, que não renega o modelo de Campbell, mas propõe um modelo paralelo ao dele, que leva em conta as necessidades, dilemas e angústias da mulher arquetípica contemporânea (e não do homem).

 

 

Fonte: Nexo Jornal
 

 

Ali em cima, você confere as oito fases da Jornada Arquetípica de uma Heroína. As etapas desse mito descrevem a história de uma protagonista que começa tentando se desvencilhar dos valores femininos na intenção de buscar aprovação e reconhecimento num contexto fundamentalmente patriarcal, passa por um período de conflito que culmina em uma morte simbólica e, por fim, renasce, buscando pela reconexão com os poderes e o espírito do sagrado feminino, o equilíbrio com os valores femininos e a união dos dois.

 

Nas palavras da própria autora:

 

 

 

E por que falar da Jornada da Heroína no Dia da Mulher?

Campbell, teórico que propôs a teoria da Jornada do Herói, explica que as histórias e mitos criados pelo homem em diferentes épocas, sociedades e contextos não seguem uma narrativa comum por acaso. De acordo com ele, essas familiaridades têm a ver com o conceito dos arquétipos do psicoterapeuta Carl Jung, em que todos os seres humanos têm um conjunto de ideais e símbolos mentais associados a uma série de situações humanas recorrentes.

 

 

E aí está a grande sacada da Jornada da Heroína: ela não só completa a Jornada do Herói, como possibilita a identificação, evolve e inspira um público exclusivamente feminino, que está inserido em uma sociedade patriarcal e que, por isso, tem vivências diferentes. Fala sobre o autoconhecimento feminino, assunto que se perdeu com o tempo ou virou tabu da sociedade e, por isso, deve ser resgatado.

 

E como o Dia da Mulher é uma data muito mais sobre reflexão, em vez de celebrar, nada melhor que trazer esse assunto à tona. Um conteúdo para que as mulheres se identifiquem, descubram a sua própria jornada e reconheçam dentro de si a heroína que existe em cada uma! You go girl!