As novas gerações e o mercado de trabalho: alguns insights!
O que o futuro reserva e as novas gerações buscam no mercado de trabalho? Será que velhos moldes ainda funcionam? A gente discutiu tudo isso neste texto!
Hoje queremos falar com você sobre o futuro. Quer dizer, queremos falar sobre o presente e propor uma reflexão para o futuro. Para isso, precisamos começar relembrando o passado para contextualizar você sobre a importância do Dia do Trabalho, e nos permitirá refletir sobre o que significa para a nossa (e futuras gerações) boas condições de trabalho.
Preparado? Então sugerimos que você busque o seu café, ou o seu chá, sente-se e relaxe, porque o texto é longo (mas o assunto é extremamente importante).
- RELEMBRANDO O PASSADO!
Antes de tudo, precisamos lembrar do significado do Dia do Trabalho aqui no Brasil e no mundo. Tudo começou em 1886, em Chicago (Estados Unidos), quando no dia 1º de maio daquele ano milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições nos seus empregos (como a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diária). Naquele mesmo dia, também ocorria uma greve geral de trabalhadores em todo o país.
A data foi apenas o inicio de uma série de revoltas e conflitos que se estenderam por alguns dias nos EUA, resultando na morte de pelo menos doze manifestantes, sete policiais e mais dezenas de pessoas feridas. A data, então, surgiu como forma de homenagear e relembrar a luta daqueles trabalhadores.
Aqui no Brasil, a data passou a ser utilizada por Getúlio Vargas para divulgar a criação de leis e benefícios trabalhistas. Assim, o caráter de protesto deu lugar para um viés comemorativo, passando a se chamar Dia do Trabalhador. Foi no dia 1º de maio de 1940, por exemplo, que Vargas instituiu o salário mínimo, e em 1941 que foi criada a Justiça do Trabalho.
2. AGORA, É HORA DE FALAR SOBRE O PRESENTE!
De Babyboomers à Geração Y, este vídeo da Box 1824 nos mostra de forma muito resumida, direta e objetiva as mudanças na relação entre as pessoas e o trabalho. Até meados de 2012 tentávamos entender os Millenials (geração Y) e descobríamos que essa geração buscava por muito mais autonomia, liberdade e propósito em suas ações. Foram eles que nos apresentaram à economia criativa e nos introduziram a uma nova forma de organização institucional, valorizando a horizontalidade e coletividade.
E se está sendo um desafio conciliar todas essas gerações em um mesmo mercado de trabalho, imagine agora, que a geração Z está crescendo, aparecendo e exigindo uma revisão nas práticas de gestão de pessoas.
O FutureFest 2018, um dos mais importantes festivais do mundo que busca discutir o futuro do mundo e da sociedade, nos mostrou que as novas tecnologias, mudanças sociais e inovação vão fazer com que muitas profissões tornem-se obsoletas e deem espaço para muitas outras. Neste sentido, estas novas tecnologias e mudanças vão nos mostrar uma forma completamente nova de nos relacionarmos com o nosso trabalho e até com a forma de nos tornarmos aptos a uma determinada profissão.
As tendências já nos mostram que os jovens da geração Z entendem que a escola e faculdade não são o único caminho de formação de conhecimento. Além disso, entendemos que a necessidade dessa geração consiste em continuar estudando ininterruptamente para continuar acompanhando todas as mudanças mundiais, que ocorrem em velocidade cada vez maior.
Outro ponto importante sobre a nova geração é que a máxima deles é o diálogo. De acordo com as pesquisas da Box 1824, para estes jovens toda “Imposição x Resistência” pode ser melhor resolvida, se o caminho estiver aberto para o diálogo. Além disso, os jovens desta geração estão mais acostumados a questionar e “quebrar regras”, por isso, vão buscar ambientes de trabalho que respeitem as suas individualidades e os seus processos criativos.
3. ALGUNS EXEMPLOS
NETFLIX: A cultura Netflix prega a liberdade e responsabilidade, e entende que cada colaborador é um adulto responsável, que deve tomar decisões e arcar com as consequências das suas escolhas. A partir disso, eles adotaram práticas de gestão inovadoras, que tem tudo a ver com este “futuro do mercado de trabalho” que estamos tentando mostrar.
Entre algumas práticas está a integração de colaboradores de forma inusitada, academia e refeições gratuitas (com distribuição diária de pipoca às 16h), liberdade (e responsabilidade) para fazer o próprio horário, férias ilimitadas, líderes que devem dar contexto às pessoas (em vez de apenas tentar controlar as equipes) e muitos outros. Você pode conferir tudo neste link.
NUBANK: Se a Netflix parece um exemplo distante, trouxemos um exemplo 100% nacional. A empresa tem como missão encantar as pessoas e fazer com que a experiência de cada cliente seja incrível. Por isso, uma das partes mais importantes desse processo começa no onboarding (uma palavra usada para definir a forma como é feita a recepção de novos funcionários). Para eles, só é possível tratar os seus clientes de forma excepcional se os colaboradores forem recebidos da mesma forma pela empresa.
No Nubank, o primeiro dia de onboarding ocorre com todos juntos no mesmo ambiente (de estagiários a diretores). Além disso, algumas práticas foram adotadas para diminuir a burocracia que envolve uma contratação e garantir uma experiência incrível no primeiro dia de trabalho. Você pode conferir detalhadamente todo esse processo neste link que trouxemos para você.
4. VAMOS FALAR SOBRE O FUTURO?
É claro que tudo o que trouxemos aqui é baseado em um mundo utópico e ideal, onde não precisamos lidar com a desigualdade e todos tem acesso às mesmas oportunidades. Mas, como diria Eduardo Galeano, a utopia serve para nos fazer caminhar para frente. Por isso, o que trouxemos aqui são alguns insights para que você possa conhecer melhor os novos jovens, que estão entrando no mercado de trabalho.
Em vez de julgar, precisamos entender a geração Z, estarmos abertos ao diálogo e prontos para receber toda a sua diversidade e entusiasmo. Assim que chegarem ao mercado de trabalho, eles terão que se adaptar, já que terão que dividir o mundo com muitas outras gerações. Mas se quisermos que esses jovens e novos profissionais sejam multitarefas, proativos, criativos e saibam trabalhar em equipe, precisamos oferecer as condições ideais para que todas essas habilidades sejam usadas e desenvolvidas.
O mundo muda, a sociedade também, por consequência, a relação dos nossos jovens com o mercado de trabalho também está em constante transformação. Não podemos mais lutar contra isso. É muito mais fácil unir as nossas forças e o melhor de cada geração para geramos resultados cada vez melhores. Por isso, a pergunta agora é: o que vamos fazer para cativar e garantir as melhores condições de trabalho para estes jovens?